A classificação ASA é um sistema amplamente utilizado para classificação de estado físico do paciente cirúrgico. Todavia, estudos encontraram fraca concordância inter e intraobservador tanto em pacientes humanos como, em menor escala, em pequenos animais. Este estudo teve como objetivo investigar o perfil de uso e a variação interobservador desse sistema entre médicos veterinários e estudantes de graduação em medicina veterinária através de um questionário digital com informações demográficas, sobre a formação profissional e com cinco casos clínicos elaborados. O formulário foi respondido por 94 participantes de 13 estados brasileiros (predominantemente RJ e SP), sendo 48,9% profissionais graduados em 26 instituições diferentes – a maioria (70,4%) clínicos gerais – e 51,1% graduandos de 48 instituições de ensino diferentes. Entre profissionais e estudantes, 78,9% eram do sexo feminino e 20,1% do masculino, não havendo diferença na distribuição de gênero entre graduandos e graduados. Dentre os profissionais (67,4% apenas graduados e o 32,6% com especialização, mestrado ou doutorado), 76,1% relataram utilizar a classificação ASA “sempre” ou “às vezes”, apesar de apenas 19,6% relatarem atuar na anestesiologia, mostrando amplo uso do sistema. A quase totalidade dos participantes relataram ter aprendido a classificação na graduação (93,5% dos profissionais e 89,5% dos estudantes). Não foram encontradas correlações significativas entre “grau de formação” e “tempo de formado” com a utilização da classificação ASA, porém, veterinários atuantes na anestesiologia relataram uso mais frequente do sistema (p