Neste artigo é examinada a visão política de Droysen a partir da sua interpretação da política externa desenvolvida por Frederico, o Grande. São abordados, mais especificamente, os modos como Droysen aplicou o conceito de “Estado de paz” (Friedenstaat) nas suas análises de duas situações políticas: uma do passado, a da Prússia de Frederico II, a outra do presente, a da Prússia de Bismarck. Propõe-se também uma interpretação do suposto bismarckismo de Droysen, ou seja, da suposta adesão de Droysen à política externa seguida por Bismarck. Explora-se, nesse sentido, a hipótese um pouco hiperbólica de que não foi tanto Droysen quem se tornou bismarckiano, mas, antes, Bismarck quem se tornou droyseano.