Toda a história da humanidade tem sido marcada por movimentos e fluxos de pessoas. De maior ou menor escala, nestes vários processos, segmentos de diferentes sociedades foram deslocados coercivamente e outros foram- se deslocando mais voluntária e livremente. O que existe de comum em todos estes movimentos é a componente da deslocação. As migrações implicam o abandono de um local em detrimento de um outro, que, não estando desabitado, é um outro local com nativos, pessoas que pertencem àquele espaço e àquela comunidade. Este sentimento de pertença é uma parcela da sua própria identidade, cuja definição e delimitação encontra como ponto de referência a identidade do outro, a sua alteridade, as suas caraterísticas distintas. Quando um “outro” se desloca para o seu próprio grupo de pertença, algumas das assunções que basearam essa definição identitária são questionadas e surgem reações a esta redefinição grupo. (...) Projeto co-financiado pela Comissão Europeia.