A saúde mental em períodos epidémicos é um tema recorrente, tanto como as próprias epidemias. A partir de uma investigação sobre notícias e anúncios publicados na imprensa generalista, tomamos consciência da importância da divulgação do conhecimento científico a um público alargado e dos temas abordados nesses períodos de crises sanitárias, que afetaram a economia, a sociedade e a política. Neste artigo aborda-se o efeito que as novas doenças tiveram no comportamento mais íntimo das populações afetadas. Desde o medo ancestral dos hospitais, lugares associados a uma morte certa, ao pavor do desconhecido, perante doenças cujas causas e respetivos tratamentos ainda não tinham sido identificadas pela ciência. As medidas sanitárias aplicadas pelas autoridades sempre despertaram reações antagónicas pelas privações a que sujeitavam as populações atingidas. A partir de meados do século XIX os jornais diários foram veículos fundamentais na transmissão dos conhecimentos científicos, dos conselhos e normas sanitárias e das discussões que essas novidades originaram. info:eu-repo/semantics/acceptedVersion