O câncer é uma doença estigmatizada com elevada taxa de mortalidade e consequências agressivas tanto ao paciente, quanto ao seu cuidador. Devido sua virulência em estágios mais avançados, muitos pacientes nessa fase da doença são encaminhados para os cuidados paliativos e são submetidos a tratamentos que flagelam não só a situação psicológica e física do paciente, como também o estado mental do seu cuidador ao longo do processo, que se desgasta devido ao impacto do luto antecipado e a excessiva carga emocional e física. Objetivo: Dessa forma, avaliar a saúde mental dos cuidadores de pacientes oncológicos, em estados de finitude, tornou-se objeto de estudo. Métodos: Foram realizadas entrevistas por meio da aplicação de questionários e escalas que avaliam os níveis de ansiedade e depressão, e um questionário de levantamento socioeconômico. Resultados: Os resultados da pesquisa mostraram que a maioria dos cuidadores são do sexo feminino, com nível socioeconômico baixo e que 31,72% tem níveis moderados a graves de ansiedade e depressão concomitantemente, ganhando destaque principalmente o primeiro transtorno, por se identificar mais cuidadores com pontuação em níveis graves da escala utilizada. Conclusão: É notório que existe um adoecimento importante da saúde mental dos cuidadores de pacientes com câncer em estágio avançado.