Interessante acompanhar, pelas páginas do Correio Paulistano, a expectativa crescente que se construiu em torno da Semana de Arte Moderna. Desde o primeiro “reclame”, o jornal se colocou diante de algo inédito. De certa forma, alimentou o marco e procurou, por suas páginas, reforçar a ideia da inevitabilidade de um tempo e de um local: a Semana só poderia se realizar em São Paulo e tudo que quanto se pensasse e elaborasse, a partir de então, seria com as bases inaugurais do “1922 Paulista”. Menotti del Picchia, em sua “Chronica Social”, arma que “será uma semana historica na vida literaria do paiz”. Aquelas três noites de fevereiro, no “theatro maximo da cidade”, representarão o ponto de inflexão: ao desenvolvimento fabril, ao progresso técnico, a terra bandeirante tomará a dianteira, igualmente, no campo das artes. E fará mais: colocará o Brasil em compasso global.