Os profissionais da saúde estão sujeitos a trabalhos em turnos em horários não convencionais, o que muitas vezes, pode não coincidir com seus ritmos circadianos endógenos. Neste estudo, o objetivo foi investigar de qual modo a preferência diurna associa-se com os padrões do ciclo sono e vigília, em especial a qualidade do sono e da sonolência diurna excessiva. Para isso, foram aplicados questionários específicos para descrever os turnos de trabalho e para avaliar os parâmetros de sono. Utilizamos o questionário de Pittsburgh para avaliar a qualidade de sono, o de Epworth para avaliar a sonolência diurna e o HO para a preferência diurna. Os testes t de Student, de correlação de Pearson e de Análise de variância (ANOVA) foram utilizados a fim de analisar os parâmetros de sono dos trabalhadores em turnos de hospitais. A amostra constituiu-se de 59 indivíduos, de ambos os sexos, que trabalhavam no regime 12h de trabalho intercalados com 36h de folga em turnos diurnos ou noturnos. Verificamos que (i) a preferência diurna individual não é levada em conta na atribuição do turno; (ii) trabalhadores de ambos os turnos apresentam má qualidade de sono e (iii) queixas de sonolência diurna semelhantes. Entretanto, encontramos correlação entre a má qualidade de sono e a sonolência diurna excessiva somente entre os trabalhadores noturnos