Introdução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma opção válida, ainda que não consensual, no tratamento de doentes com falência respiratória aguda. O presente artigo tem o objetivo de identificar fatores preditores de resposta à VNI neste grupo de doentes. Métodos: Estudo retrospectivo longitudinal que incluiu todos os doentes admitidos numa unidade de cuidados intensivos nos anos 2016 e 2017, nos quais a VNI foi utilizada no decurso de falência respiratória aguda de novo (PaO2/ FiO2 < 200). Foram incluídos doentes com pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e síndrome da dificuldade respiratória aguda (SDRA) e comparados doentes com resposta à VNI com os não respondedores. Resultados: Entre 2016 e 2017, 83 doentes com falência respiratória aguda de novo foram tratados com VNI. Destes, 50 (60%) foram tratados com sucesso. A causa mais comum de falência respiratória foi a PAC, que registou valores de resposta à VNI de 70%. Doentes respondedores à terapêutica de ventilação não invasiva apresentaram scores de gravidade (APACHE 2; SAPS 2; SOFA) inferiores à admissão (17,5; 37,5; 6 vs 22; 48; 9, p=0,014, p
Medicina Interna, Vol. 28 N.º 2 (2021): Abril / Junho