Resumo: Função motora e habilidades de vida diária 5 anos após acidente arterial isquêmico pediátrico: um estudo prospectivo, longitudinal Objetivo: Descrever os resultados motores e funcionais 5 anos após acidente arterial isquêmico (AAI) pediátrico e explorar fatores associados com pior resultado de longo prazo. Método: Trinta e três crianças (21 do sexo masculino, 12 do sexo feminino) com AAI foram recrutados para um estudo de centro único, transversal, a partir de um estudo prospectivo longitudinal previamente reportado sobre resultados após o acidente. As crianças foram estratificadas de acordo com a idade no momento do diagnóstico: neonatos (≤30d), pré‐escolares (>30d–5a), e em idade escolar (≥5a). Os resultados motores e funcionais foram mensurados 5 anos após o AAI. Os resultados neurológicos foram avaliados usando a Medida Pediátrica de Resultado após Acidente Arterial Pediátrico (MPRAAP) 1 mês e mais de 4 anos após o evento. Resultados: 5 anos após o evento, a função motora, qualidade de vida, fadiga, comportamento adaptativo, atividades de vida diária e velocidade de escrita a mão foram significantemente piores do que o esperado para a idade. O grupo pré‐escolar teve a maior porcentagem de deficiência motora fina e grossa. Habilidades motoras finas mais pobres se associaram com lesões subcorticais apenas e maior tamanho da lesão. Pior resultado motor grosso se correlacionou com idade pré‐escolar, lesões bilaterais, e pior MPRAAP 1 mês após o evento. Interpretação: Crianças têm risco elevado de deficiências motoras e funcionais após AAI, sendo o grupo de idade pré‐escolar o mais vulnerável. Identificar preditores precoces dos resultados facilita a intervenção precoce direcionada e a reabilitação de longo prazo. [ABSTRACT FROM AUTHOR]