A necessidade do distanciamento social imposta pela pandemia da COVID-19 demandou a transição do ensino presencial para o ensino remoto emergencial. Este estudo investigou a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no processo de ensino-aprendizagem por professores, graduandos e pós-graduandos em Enfermagem, de instituições de ensino públicas e privadas brasileiras, antes e durante a pandemia. O estudo empregou um survey com perguntas estruturadas e uma questão aberta. Os dados foram analisados por estatística descritiva e univariada, bem como por análise de conteúdo. Participaram do estudo 218 indivíduos: 93 (42,7%) docentes, 86 (39,4%) alunos de graduação e 39 (17,9%) alunos de pós-graduação. Observou-se uma tendência de aumento no número de horas diárias dedicadas ao uso das TIC em 2020, sendo as tecnologias e recursos mais utilizados: ambientes digitais de aprendizagem (66,5%), plataformas de áudio e vídeo (57,3%), aplicativos móveis (56,0%) e bases de dados especializadas (55,0%). A maioria (57,8%) dos participantes manifestou preferência pelo ensino presencial. Alguns participantes citaram dificuldades relacionadas à falta de capacitação para o uso das TIC, ao acesso à Internet e à disponibilização de equipamentos. Estas limitações demandam políticas públicas e ações específicas das instituições de ensino e da sociedade civil para resolução. [ABSTRACT FROM AUTHOR]