Dentre as várias características que o território brasileiro dispõe, uma precisamente se sobressai: o país contempla a segunda maior reserva florestal do planeta, respondendo por aproximadamente 10% do cômputo total das formações florestais globais. Nesse Cenário, as Florestas Estacionais Deciduais (FED) constituem o segundo tipo florestal menos expressivo no Brasil, estando situadas predominantemente em biomas não-florestados, tal como Cerrado e Caatinga. Dessa Forma, sua conservação apoia-se fundamentalmente na sua correta identificação, o qual se torna difícil, uma vez que as áreas de FED são geralmente classificadas como outros tipos de vegetação. Logo, a pesquisa corrente objetivou realizar o monitoramento do Uso e Cobertura do Solo para os anos de 2007 e 2016 da faixa contínua Norte de Minas Gerais - Sul do Piauí, com finalidade de diagnosticar a situação atual das florestas deciduais brasileiras e verificar os principais agentes que afetam seu desmatamento e regeneração. Como resultante, o estudo constatou que o incremento significativo das áreas de cultivos e a mobilidade espacial dos pastos contribuíram determinantemente para as alterações apresentadas pelas formações vegetais. No Entanto, tais drivers desempenharam papeis diferenciados nas perdas/ganhos. Em especial, concluiu-se que as mudanças a qual as florestas deciduais perpassaram foram explicadas particularmente pela pastagem. Os demais tipos de vegetação foram impactados igualmente por esta classe, mas com participação mais incisiva das culturas.