Este artigo apresenta discussões sobre injúria racial com foco na violência contra as mulheres negras, em uma perspectiva de gênero cujas interfaces traduzem-se na permanência intrínseca do racismo e por fim, na violência institucional. Neste contexto, busca fazer um paralelo histórico com as configurações coloniais brasileiras e seu passado escravista cujos resquícios submetem ainda no tempo presente as mulheres negras a uma posição hierárquica inferior e negativada. Também apresentamos uma análise sobre o conceito de violência psicológica e moral e da tipificação relativa aos crimes de injúria qualificada, no contexto da abordagem trazida pela Lei Maria da Penha. Diálogos amplos para alçar a complexidade da solidez do machismo e racismo na sociedade traduzem-se em saídas positivas para a efetividade jurídica e cultural.