CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior A manutenção da vitalidade pulpar é o principal objetivo das terapias pulpares vitais (TPV) e a seleção de um bom material irá contribuir para a longevidade do tratamento. A própolis vermelha brasileira é um excelente agente antimicrobiano e poderia ser utilizada como agente terapêutico em terapias pulpares. O presente estudo analisou a ação antibacteriana do extrato bruto da própolis vermelha Brasileira (PVB) e o seu efeito em contato direto com fibroblastos humanos da polpa dentária (FHPD), em comparação ao material padrão-ouro para terapias vitais pulpares: o Agregado Trióxido Mineral (MTA). A Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima da PVB foi determinada contra patógenos endodônticos anaeróbios. Os FHPD foram semeados em placas de 96 poços e colocados em contato, após 24h do plaqueamento, com PVB10 (10 μg/mL), PVB50 (50 μg/mL), MTA em diferentes diluições (1:1, 1:2, 1:4 e 1:8), dimetilsulfóxido a 0,5% (DMSO 0,5%) e meio de cultura (DMEM). Após 24h da exposição aos materiais, os grupos foram submetidos ao ensaio de viabilidade celular (MTT formazan) e produção de radicais livres (espécies reativas de oxigênio – EROS, sonda fluorescente 2,7-diclorodihidrofluoresceína-diacetato (DCFH-DA) e óxido nítrico - NO, reação de Griess). Os testes ANOVA One way e Tukey foram realizados considerando um nível de significância de 5%. Os valores de CIM/CBM para a PVB demonstraram ação antibacteriana para a maioria das bactérias testadas: P. micra (6,25/6,25 µg/mL), F. nucleatum (25/25 µg/mL) P. nigrescens (50/100 µg/mL), P. melaninogenica (50/100 µg/mL), P. intermedia (50/100 µg/mL) e P. gingivalis (50 µg/mL). Tanto o MTA quanto a PVB estimularam a viabilidade celular, destacando-se a PVB10 e o MTA 1:8 (p=0.007 e p=0.001, respectivamente). Em relação à produção de EROS e ON, foi observado que os grupos MTA 1:1, MTA 1:2 e PVB50 elevaram sutilmente a produção de EROS (p