Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico As leishmanioses atigem dois milhoes de pessoas por ano, ocorrendo principalmente em países subdesenvolvidos. Além disso, muitos dos medicamentos usados para tratá-las são tóxicos, difíceis de administrar e pouco efetivos. Nesse sentido, a busca por novas drogas mais eficazes e menos tóxicas ainda é necessária. A atividade leishmanicida dos extratos das folhas de Dioclea grandiflora foi avaliada in vitro utilizando formas promastigotas de Leishmania chagasi e Leishmania amazonensis. O extrato aquoso de D. grandiflora apresentou CI50 de 300 μg/mL frente as duas espécies e induziu a produção de óxido nítrico em macrófagos peritoneais. Alterações na morfologia e motilidade das formas promastigotas de L. amazonensis foram observadas através de microscopia confocal após o tratamento com o extrato aquoso. O extrato aquoso também mostrou atividade frente cepas de Staphylococcus aureus, causador de infecções secundárias nas úlceras leishmanióticas, com CIM de 1.562 μg/mL. Os resultados, em conjunto, mostram que os extratos de Dioclea grandiflora têm potencial para o isolamento de frações e de substâncias com potencial leishmanicida