Introdução: A pandemia Coronavírus 2019 restringiu consideravelmente os serviços de saúde de rotina em toda a Europa, incluindo o diagnóstico e tratamento de cancro. De entre os cancros da pele, o melanoma maligno (MM) é o responsável pela maioria das mortes. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar o número e características dos MM diagnosticados antes e durante a pandemia num hospital secundário português. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, que comparou o grupo de doentes pré-pandémico (diagnóstico de MM de março de 2019 a fevereiro de 2020) e pandémico (diagnóstico de MM entre março de 2020 e fevereiro de 2021). Resultados: Foram incluídos 59 doentes, 44 do grupo pré-pandémico e 15 no período pandémico. No primeiro ano da pandemia, houve uma redução significativa dos diagnósticos de melanoma maligno relativamente ao ano anterior (15 vs. 44, p < 0,01), sem diferenças significativas nas características dos tumores. Conclusões: Este estudo mostra uma redução dos diagnósticos de MM durante o primeiro ano da pandemia, embora sem diferenças significativas nos fatores de prognóstico. Com a persistência da pandemia, deve-se enfatizar a importância do diagnóstico e tratamento precoce do MM. [ABSTRACT FROM AUTHOR]