O trabalho tem por objetivo investigar a colocação dos adjetivos no português do Brasil, em textos escritos, do século XVII ao XX, a fim de verificar a hipótese de que a ordem do adjetivo tem uma motivação mais semântica e prosódico-pragmática que gramatical stricto sensu. Análises recentes revelam que quando o adjetivo ocupa a posição pré-nuclear geralmente i) tem um número de sílabas menor que o substantivo, ii) possui o traço [+avaliativo] e iii) seu núcleo é [-material]. A partir dos parâmetros prosódicos testados, os resultados sugerem que a duração e a intensidade são mais significativos para a distinção de adjetivos pospostos e antepostos que a frequência fundamental