Introdução: A falha na extubação é relatada em até 30% dos casos, o que está diretamente ligado a inúmeras complicações, incluindo o aumento na taxa de morbidade e mortalidade, tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e hospitalar e tempo prolongado de ventilação. Já é sabido que o diafragma, além da sua função respiração, também possui função relacionada com a estabilidade postural. A autonomia para sedestação, além de ser um importante atributo de funcionalidade, demonstra relação direta com a boa função pulmonar e função da musculatura ventilatória. OBJETIVO: Analisar o teste de controle de tronco (TCT) como ferramenta para predizer o sucesso da extubação em pacientes ventilados mecanicamente e verificar a associação entre a habilidade para controlar o tronco com a função muscular respiratória e periférica e a mortalidade. Metodologia: Análise de coorte retrospectiva de dados de pacientes em uma unidade de terapia intensiva (UTI) num hospital privado no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Foram incluídos pacientes expostos a extubação planejada que tivessem capacidade de controlar o tronco e analisadas a pressão inspiratória máxima (MIP), o escore força muscular periférica (MRC) para análise da FMA-UTI, além dos registros do tempo de exposição a VM, estadia na UTI e hospitalar e mortalidade. Resultados: Da população analisada, 258 pacientes foram submetidos a extubação planejada com teste de controle de tronco. Destes, 64,3% tiveram aprovação no TCT e 30% apresentaram FMA-UTI. aprovação no TCT foi associada a menor taxa de falha na extubação, (7,2 vs 50% p