Os recentes desastres com rompimentos de barragens de rejeito em Minas Gerais (Mariana em 2015 e Brumadinho em 2019) evidenciam a gravidade dos impactos socioambientais e as ameaças à qualidade ambiental no país. O objetivo do trabalho é analisar a distribuição espacial das barragens de rejeito de minério nas regiões hidrográficas brasileiras (RHs) e a consequente configuração de bacias hidrográficas de risco. Para isso, o panorama espacial foi complementado pela caracterização quantitativa e qualitativa das estruturas e de seus níveis de risco por RHs, à luz da legislação nacional, permitindo a identificação das bacias com maior perigo de ocorrência de rompimento (bacias de risco). Os resultados sinalizam a existência de nove bacias de risco no país, concentradas principalmente nas RHs São Francisco e Atlântico Sudeste, exigindo maior atenção do aparato gestor e das autoridades.