A síndrome de Burnout é uma síndrome psicológica decorrente de uma resposta contínua a estressores interpessoais crônicos durante o trabalho. O serviço de urgência é um local de stress e de trabalho multidisciplinar, com situações ligadas a um risco vital para os doentes em muitos casos. O presente estudo tem como objetivo descrever os fatores que levam o desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais da saúde nos serviços de urgências. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, onde se adotou a revisão integrativa da literatura. Realizado através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do Pubmed, usando os cruzamentos dos descritores em inglês “Burnout syndrome”, “Risk factors”. Para a avaliação do problema de pesquisa e sua estratificação foi utilizada a estratégia PVO. O serviço de emergência acumula muitas características de um trabalho estressante: carga horária pesada, trabalho em emergência, zapping, “sempre mais e sempre melhor” com recursos constantes, incerteza, falta de reconhecimento e frustração, conflitos interpessoais, produção just-in-time, desde incivilidade à violência ambiental. Uma possível explicação para esse fato poderia ser a rotina de emergência, tendo em vista que o profissional está lidando diretamente com situações de risco de vida e que há sobrecarga de plantões. Os profissionais do PS são um grupo vulnerável, uma vez que quase metade deles experimentam burnout. Com efeito, são confrontados com situações intensas e repetitivas próprias da profissão de emergência que constituem um terreno favorável ao desenvolvimento de estresse e burnout.