As plantas de mirtilo eram cultivadas em climas frios, pois as cultivares utilizadas “Northern highbush “ após a entrada em dormência necessitam de acumular entre 800 a 1200 h de temperaturas entre 0 e 7.2 º C (“chilling”). Contudo, devido ao aparecimento das cultivares “Southern highbush ” e “Rabbiteys” com menores necessidades de acumulação de baixas temperaturas; respectivamente, entre 150 a 800h e entre 300 a 700h a cultura tem vindo a expandir-se para áreas climáticas mais quentes, de países como: Brasil, Chile, Argentina, Marrocos, Espanha, Austrália, Africa do Sul, E.U.A. Portugal, etc. No nosso país, a maior área de produção situa-se em Sever do Vouga e no litoral Alentejano. Contudo, a cultura tem vindo a expandir-se para o interior do Pais, destacando-se a implantação de 60 ha em Idanha-a-Nova, onde no verão a temperatura atinge valores muito elevados. Para analisar o comportamento de diferentes cultivares sob estas condições, instalou-se em 2010 na Universidade de Évora um ensaio de cultivares de Mirtilo.