Paciente admitida na unidade de terapia intensiva devido à AVC hemorrágico, em ventilação mecânica por intubação orotraqueal, hemiplegia à direita e afasia, histórico de Parkinson, síndrome demencial vascular, hipertensão arterial, sequela de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e em pós-operatório imediato de craniectomia descompressiva fronto-parietal esquerda. Trata-se de paciente que foi submetida a traqueostomia após sete dias de ventilação mecânica, apresentando poucos elementos dentários em cavidade oral que levaram a lesões de tecido mole e língua ocasionada por múltiplos episódios de mordedura involuntária. Responsável pelo paciente foi abordado sobre a necessidade de conduta preventiva para confecção de dispositivo intra-oral para proteção de tecidos moles, porém o mesmo não autorizou intervenção odontológica. 24 horas após tal recusa, paciente em desmame de sedação apresentava movimentos mais frequentes e com maior tônus muscular, levando à mutilação de tecidos moles intraorais, desprendimento de bordo lateral de língua do restante do corpo lingual, sangramento espontâneo excessivo, mobilidade dentária com alto risco de avulsão acidental e aspiração e total desfiguração lingual ocasionando em redução de saturação de oxigênio por fragmentos linguais bloqueando região de orofaringe, sendo indicada glossectomia total pela equipe médica. Pensando na importância das funções linguais, a equipe de Odontologia do referido hospital optou, com equipe multidisciplinar, por realizar glossoplastia total por ressecção lingual, extração dentária e confecção de dispositivo intra-oral de proteção de tecidos moles, proporcionando saúde e retorno à qualidade de vida para paciente. A equipe multidisciplinar é fundamental para cuidados preventivos e curativos no paciente crítico. [ABSTRACT FROM AUTHOR]