Introdução: Os processos migratórios podem incidir no acesso e uso de métodos anticoncepcionais para as mulheres. Objetivo: Descrever o uso de métodos anticoncepcionais de gestantes migrantes venezuelanas, em duas cidades do litoral norte da Colômbia (Barranquilla e Riohacha), entre 2018 e 2019. Metodologia: Foi desenhado um estudo de corte transversal descritivo. As participantes foram selecionadas através de uma amostragem sistemática em hospitais e amostragem em bola de neve feita na comunidade. Um questionário padrão permitiu a coleta de variáveis sócio demográficas, de informação relacionada à migração, ao uso de anticoncepcionais, entre outras. Resultados: O questionário foi aplicado a 552 mulheres gestantes vindas da Venezuela, principalmente jovens, casadas ou em união estável; a minoria das gestações foi planejada (37,7%), mesmo conhecendo os métodos anticoncepcionais. O preservativo (camisinha) e a pílula foram os métodos mais identificados (94,7 e 96,1% respectivamente).Conclusão: Quase todas as mulheres conhecem métodos anticoncepcionais e os lugares onde podem obtê-los; porém somente a metade delas conseguiu adquiri-los quando procuraram pela última vez; assim que a maioria das gestações não foi planejada. A garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, incluindo a satisfação das necessidades de planejamento familiar, deve ser uma prioridade nos programas de atenção à população migrante, dentro do marco do fenômeno migratório colombo-venezuelano. [ABSTRACT FROM AUTHOR]